O Leão, como todos lhe chamam, devido só ao seu tamanho porque ele é muito meiguinho. Apareceu na Espinheira, povoação que fica entre a Foz do Arelho e S. Martinho do Porto, com coleira e trela. Não sabemos se foi abandonado ou se apenas se perdeu, no entanto todos os nossos esforços para descobrir o dono foram infrutíferos. Finalmente conseguimos arranjar-lhe um dono, que pensámos que o ía tratar muito bem, no entanto isso não aconteceu. Pois por vezes as pessoas não estão preparadas para adoptar um cão. Adoptar um animal é assumir a responsabilidade de lhe prestar todos os cuidados necessários ao seu bem estar. Como tal não aconteceu tivemos de o retirar ao dono e encontra-se ao cuidado de uma FAT. Dá-se a quem se comprometer a tratá-lo bem.
Para ver o Leão envie o seu contacto para apaa_caldas@sapo.pt
Cadelinha pequena muito meiga.
Encontrei-a abandonada junto ao IC19, em estado de extrema magreza. É urgente
encontrar dono que a trate bem.
Tem cerca de 1 ano, pelo curto, cor preta, muito meiga, esperta e obediente.
Ideal para companhia, para quem reside em apartamento, por ser pequena, não vai
crescer muito.
Lanço apelo, pois vou de férias, não sei o que fazer com ela...
Maria Eduarda
Tlm. 962675892
T. 219024509 "
Eu era apenas um cão
Um cão normal, que não fazia mal a ninguém
Até que um dia fui torturado
Massacrado por alguém!
Foi a crueldade dos homens
Aqueles que dizem ser racionais
Cortaram-me as orelhas a sangue frio
E somos nós os animais?!
Eu era amigo, meiguinho e leal
Mas fiquei com medo do mundo
Porque senti uma dor infernal
Fiquei revoltado
Não deixei mais ninguém me tocar
Tornei-me desconfiado
Os meus dias passavam-se a tremer e a rosnar
Mas houve uma miúda
Que sentiu o meu sofrimento
Acolheu-me na sua casa
Tentou tratar-me até ao último momento
Ainda passeei, ainda fui ver o mar
As pessoas chamavam-me "urso"
Porque as minhas orelhas
Foram levadas, arrastadas com o ar
Mas ela gostava de mim
E entendia a minha situação
Eu precisava de carinho
Da bondade do seu coração!!
Mas ela não me fez esquecer
E mesmo querendo ser amigo
Eu tinha medo de sofrer...
O tempo foi passando
Fiquei sujo, perdi o resto da beleza
Caminhava muitas vezes
Mas tropeçava na tristeza
Chamava-me "Ritinho"
Sempre gostou de mim
Mesmo quando os outros diziam que eu metia nojo
Tratou de mim até ao fim
E para quem não entendeu
Que eu rosnava sem maldade
Pensem bem no que me fez
A chamada humanidade?!
Hoje foi o dia da minha morte
Agradeço às poucas pessoas pela bondade
Deste mundo levo uma dúvida
O que fiz para merecer tamanha crueldade?!
Susana Alves
(Publicado na Gazeta das Caldas em 1/07/05)